quarta-feira, 25 de abril de 2018

Instituições se unem para criação de pomares de juçara






Proprietários de áreas particulares do Vale do Paraíba estão se unindo a técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente para desenvolver estudos de repovoamento de árvores nativas da Mata Atlântica, como o cambucá, cedro, jequitibá e juçara, entre outras 


Nos dias 19 e 20/04, o Núcleo Picinguaba do Parque Estadual Serra do Mar, em Ubatuba, recebeu o sexto módulo do Curso de Produção de Sementes Florestais, desenvolvido por meio de uma parceria entre a Fundação Florestal e a ONG Ecovital, de Caçapava. Este módulo foi voltado especialmente para a formação de pomares de repovoamento e conservação da palmeira juçara, uma espécie ameaçada de extinção extremamente importante para a Mata Atlântica.  A capacitação contou com a presença de cerca de 20 pessoas, entre proprietários de viveiros particulares do Vale do Paraíba, ongs e técnicos do Instituto Florestal, Fundação Florestal e Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Segundo o especialista em restauração florestal, Renato Lorza, que organizou o curso pela Fundação Florestal, a juçara foi escolhida como tema deste módulo por sua importância e pela facilidade pedagógica de trabalhar com a espécie. “Já o PESM – Núcleo Picinguaba foi escolhido para sediar este módulo por ser uma unidade de conservação onde as comunidades trabalham com o manejo da juçara e por ter um estudo de pomar sendo desenvolvido na Base Cambucá, que serviu de exemplo para os participantes do curso.”

Durante os dois dias de capacitação sobre a palmeira juçara, foram abordados temas teóricos sobre genética, regras para criação de um pomar, coleta de sementes em Unidade de Conservação, de acordo com a resolução SMA 68/2008 e manejo de frutos, além de aulas práticas de coleta de sementes. 



Parcerias para repovoar a floresta
Desenvolvido por meio de uma parceria entre a Fundação Florestal e a ONG Ecovital, de Caçapava, o Curso de Produção de Sementes Florestais foi dividido em seis módulos que trouxeram temas como as etapas de processo para a formação de mudas, técnicas de escalada para retirada de sementes, estudo de vegetação na região do Vale do Paraíba, pesquisa e melhoramento vegetal, entre outros.
Como resultado da capacitação, um grupo foi formado para dar continuidade aos estudos e projetos relativos ao repovoamento de espécies de árvores nativas da Mata Atlântica, como o cambucá, cedro, jequitibá, cambuci, canarana, embaúba e juçara, entre outras. O próximo encontro do grupo será em agosto em São Francisco Xavier.