A importância
econômica das
unidades de
conservação
brasileiras
Em 2011 o estudo “Contribuição da Unidades de Conservação
para a Economia Nacional” (Medeiros e Young, 2011) realizou pela primeira vez
uma série de análises e projeções sobre a relação entre os ativos e serviços
protegidos pelas Unidades de Conservação (UCs) e a economia nacional. A tese
era de que apesar de não estarem formalmente incorporadas nas contas nacionais
e subnacionais que medem riqueza e atividade econômica, as UCs representam
elemento importante na geração de riqueza pois sustentam e abrem oportunidades
de novos negócios sustentáveis com significativo impacto econômico como
qualquer outro setor produtivo tradicional. O estudo procurou demonstrar
objetivamente as vantagens e as oportunidades decorrentes da existência das UCs
no Brasil. Foi verificado que os ganhos econômicos diretos e indiretos
decorrentes da manutenção das unidades de conservação no país superam, com
larga vantagem, os gastos e investimentos requeridos pelo Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC). O impacto dos resultados do estudo permitiu
estabelecer um novo patamar de discussão sobre o papel das UCs na economia
nacional, sobretudo em contraposição à percepção ainda existente em parte da
sociedade que interpreta as áreas dedicadas à conservação como um entrave ao
desenvolvimento econômico e social porque seriam incompatíveis com outras
atividades produtivas, como mineração, agropecuária e geração de energia. A
premissa por trás desse raciocínio é a de que os investimentos realizados com a
conservação do meio ambiente não trazem benefícios tangíveis para a sociedade.
O estudo realizado demonstrou o contrário, comprovando que são inúmeros e
volumosos os retornos que as UCs trazem para a sociedade.
Fonte: Carlos Eduardo Frickmann
Young Rodrigo Medeiros
Organizadores
Acesse a Publicação Completa em:
Quanto Vale o Verde