O
novo filme de Silvio Tendler ilumina e esclarece a lógica da política em tempos
marcados pelo crescente desmonte do Estado brasileiro. A visão do Estado mínimo;
a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de
desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em
uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil. Assim é Privatizações: a
Distopia do Capital. Realização do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de
Janeiro (Senge-RJ) e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros
(Fisenge), com o apoio da CUT Nacional, o filme traz a assinatura da produtora
Caliban e a força da filmografia de um dos mais respeitados nomes do cinema
brasileiro.
Em
56 minutos de projeção, intelectuais, políticos, técnicos e educadores traçam,
desde a era Vargas, o percurso de sentimentos e momentos dramáticos da vida
nacional. A perspectiva da produtora e dos realizadores é promover o debate em
todas as regiões do país como forma de avançar “na construção da consciência
política e denunciar as verdades que se escondem por trás dos discursos
hegemônicos”, afirma Silvio Tendler.
Vale
registrar, ainda, o fato dos patrocinadores deste trabalho, fruto de ampla
pesquisa, serem as entidades de classe dos engenheiros. Movido pelo permanente
combate à perda da soberania em espaços estratégicos da economia, o movimento
sindical tem a clareza de que “o processo de privatizações da década de 90 é a
negação das premissas do projeto de desenvolvimento que sempre
defendemos”.
Crescente Fértil
https://www.youtube.com/watch?v=A8As8mFaRGU