sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Ação Sebrae SFX

 Ação SFX
Prefeitura + SEBRAE
26 a 28/11/2014


Atividades para o desenvolvimento dos negócios e aperfeiçoamento das habilidades de empreendedorismo

 

. Produtos Rurais
. Serviço e Comércio
. Artes e Artesanato
. Turismo


PRESENÇA DO VEÍCULO DE ATENDIMENTO
“SEBRAE MÓVEL” NA PRAÇA CÔNEGO MANZI


 
 PALESTRAS

Local: Subprefeitura de São Francisco Xavier



26/11/2014 – 15 horas
SEBRAE Responde: microempreendedor individual para empreendedores em geral  -
Encontro de empreendedores com técnicos do Sebrae e da Prefeitura de São José dos Campos visando esclarecer as dúvidas para a formalização de negócios.


26/11/2014 – 18h30
Palestra: Economia Criativa e Comportamento Empreendedor
Palestrante: Alexandre Robazza
Apresentará a importância do comportamento empreendedor nos negócios de Economia Criativa, especialmente  ao artesão.


27/11/2014 – 15 horas
Palestra: Boas Práticas na Manipulação de Alimentos para Pousadas e Restaurantes
Palestrante: Erica  Branco
A palestra visa orientar os empreendedores sobre os principais perigos envolvidos na manipulação de alimentos, e os benefícios de ter as Boas Práticas implementadas na empresa, além dos riscos e prejuízos que a ausência delas pode ocasionar.



28/11/2014 – 10 horas

Palestra: Agroindústria – Porque agregar valor ao seu produto Palestrante: Jardel Busarello

Palestra e Debate sobre gestão, formalização e mercado, visando a melhoria da competitividade de empresas rurais.


28/11/2014 – 15 horas

Palestra: Gestão de Expectativas para Pousadas e Restaurantes

Palestrante: Alexandre Robazza


Abordará o impacto dos comentários e avaliações feitas por clientes em redes sociais na geração de receitas das empresas e apresentará técnicas de gestão de expectativas que permitam potencializar os resultados.



Uso sustentável da Cachoeira Pedro David

Foto: fiscalização em 15 de novembro de 2014
Como forma de dar continuidade ao processo de tornar sustentável o uso da Cachoeira Distrital Pedro David, a Prefeitura de São José dos Campos vem tomando medidas quanto à regularização do uso dos espaços da cachoeira.

Durante todos os finais de semana de Novembro, Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março, haverá fiscalização conjunta, na área, com o DFOTM (Departamento de Fiscalização e Operações de Trânsito e Multas), a PM e a CGM, em especial no estacionamento dos carros nos arredores da cachoeira, das 09:00 às 17:00h.

Além disso, pensando a longo prazo e como forma de tornar perene este processo de uso sustentável da cachoeira, a subprefeitura está pensando em lançar um programa constante de Educação Ambiental  na Cachoeira Pedro David, em parceria com as escolas locais.

Seria o “Rolezinho pela Ecologia”, uma proposta de formar, em 2015, uma Brigada Voluntária formada por jovens das duas escolas, que teriam uma introdução em Educação Ambiental e se revezariam em pequenos grupos para ações de conscientização dos usuários sobre a importância de utilizar um recurso natural de maneira sustentável, de forma a deixá-lo preservado para as próximas gerações.

A ideia seria uma estratégia de tentar solucionar um problema real do distrito partindo da educação ambiental, com ação governamental e participação direta da comunidade, através de alunos, professores e demais interessados.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

38ª Reunião Plenária Extraordinária do CBH-PS


A ser realizada no Espaço Crozariol, situado na Rodovia Pedro Celete, nº 3221, no bairro Berizal – (ponto de referência: Trevo TREMEMBÉ/ CAMPOS DO JORDÃO – acesso Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro – trevo Tremembé), no município de Tremembé/SP no dia 10/12/2014com os seguintes destaques:

Apresentação Instituto OIKOS – Resultado Final do Projeto FEHIDRO PS nº 234/2011 – “PSA Um Programa de Pagamento por Serviços Ambientais para o trecho paulista da bacia do Paraíba do Sul”.

Deliberação que “Aprova a criação de um Grupo de Trabalho – GT-PLAN, para acompanhamento da revisão e adequação do Plano de Bacias do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul – CBH-PS.

Deliberação que “Propõe condicionantes à emissão de outorga de implantação de empreendimento para a transposição de parte das águas da represa do Jaguari na bacia do rio Paraíba do Sul para a represa do Atibainha, do Sistema Cantareira.

Deliberação que “Aprova a indicação da criação de um Programa de Educação Ambiental para a bacia do Rio Paraíba do Sul – trecho paulista.




2º Curso a distância de autoinstrução Planos de Saneamento Básico


O Ministério das Cidades, no âmbito do Programa Nacional de Capacitação das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) e da Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental (ReCESA), oferece o 2º Curso a distância de autoinstrução Planos de Saneamento Básico.


O curso é dirigido aos gestores e técnicos de municípios, governos estaduais, prestadores de serviços, consórcios, associações de municípios, agências reguladoras e outras entidades relacionadas ao saneamento, além da sociedade civil interessada no tema. 

O objetivo principal do curso é apoiar os municípios na elaboração de seus Planos de Saneamento Básico, em conformidade à Lei 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico.

O conteúdo foi organizado em sete módulos de autoinstrução, sem tutoria, que totalizam 40h de estudos, divididas em leituras de textos-base e textos complementares, além de vídeos e exercícios. Ao final, o participante que concluí-lo com aproveitamento mínimo de 75% receberá um certificado de participação.

O curso é gratuito e as inscrições devem ser feitas de 11 a 20 de novembro de 2014 no Portal Capacidades por meio do endereço:

Profissão mateiro

Eles entendem de mato e de vida selvagem. De Norte a Sul, mostram como o dom de resistir a condições adversas na natureza pode ser usado para conservá-la
brasiladentro
Depois de perder o irmão caçula acidentado pelo disparo de uma arma quando caçavam juntos na fazenda da família, no município de José de Freitas, Piauí, o empresário João Freitas Filho, 62 anos, decidiu mudar radicalmente de vida. Primeiro, abandonou de vez a espingarda. Depois, protegeu mais da metade da propriedade como reserva legal; criou a ONG Mais Vida para defesa da causa ambiental e recentemente lançou uma ideia inovadora capaz de redimir, pelo menos em parte, os hábitos do passado. No projeto “Caçadores de Fotografias”, homens hábeis em alvejar animais silvestres por tradição cultural trocam armas de fogo por câmeras fotográficas que os ajudam a descobrir um novo modo de se relacionar com a natureza.


Motivados por concursos nas redes sociais para escolha das melhores imagens, ex-caçadores passam a valorizar os animais mantidos vivos e trabalham para conservar a floresta. “O conhecimento transmitido de pai para filho e a adrenalina de entrar na mata atrás de bichos agora se direcionam para uma finalidade nobre”, ressalta Freitas, dono de um grupo empresarial piauiense que fatura R$ 700 milhões por ano. A Nazareth Eco, reserva mantida por ele com 1,6 mil hectares, abriga espécies em extinção e uma infinidade de aves – alvo das lentes de Luiz Ribeiro da Silva, conhecido como Compadre Romão, um misto de fotógrafo e mateiro, especialista em achar o esconderijo do animal e aproximar-se dele no melhor ângulo para o click.
A iniciativa valoriza o papel de quem conhece atalhos e segredos da mata como ninguém. Sim, os mateiros são figuras cada vez mais indispensáveis a expedições científicas, levantamentos para criação de parques nacionais, ecoturismo, produção de documentários, uso de produtos da biodiversidade por indústrias e obras de infraestrutura que chegam a grotões desconhecidos. No sudoeste do Piauí, em São Raimundo Nonato, o guarda-parque João Leite trocou a vida de encrencas na cidade pelo convívio com a Caatinga. O rapaz aprendeu truques de sobrevivência na mata com ex-caçadores e hoje, como vigilante do Parque Nacional Serra da Capivara, é requisitado por cientistas para o trabalho de campo voltado para a descrição de novas espécies da fauna e flora. Seu maior feito foi a descoberta de sítios arqueológicos com pinturas rupestres que contam a história da ocupação do continente pelo homem primitivo. “Descobri um por acaso quando fazia rapel com uma bióloga para coletar fezes de roedores nas rochas”, conta Leite.
De Norte a Sul, o ofício dos mateiros vira profissão. Se no sertão de Pernambuco eles trabalham ao lado dos biólogos no resgate da fauna durante a obra dos canais da transposição do Rio São Francisco, no litoral sul da Bahia a tarefa é escalar árvores para coleta de sementes destinadas ao reflorestamento da Mata Atlântica. “São como ninjas; sabem onde andar e pisar”, compara a pesquisadora Francismeire Gomes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, ao destacar a importância de tê-los na equipe que estuda doenças transmitidas por insetos na floresta. Eles entendem de mato e de vida selvagem. Mas também os desafiam, os subjugam e, aos poucos, o dom de enfrentar perigos e resistir a condições adversas na natureza é utilizado para conservá-la. Em Mogi das Cruzes (SP), na região do Vale do Paraíba, os irmãos Alexandre e Marcos Prado derrubavam palmeiras nativas para extrair palmito-juçara, assim como faziam os avós. Hoje a situação se inverteu. O know-how é empregado na proteção do Parque das Neblinas, da empresa Suzano. A dupla fiscaliza a área, faz reflorestamento e orienta a comunidade para obter renda com os frutos da palmeira, sem necessidade de cortá-la.
No litoral do Paraná, em Guaraqueçaba, Pedro Morais, 60 anos, mateiro velho de guerra, de tanto trabalhar com botânicos aprendeu a chamar plantas pelo nome científico. Em retribuição, ensinou-lhes um pouco do saber tradicional sobre quais frutos cada um dos diferentes pássaros come. Como resultado, a Reserva Natural do Salto Morato, mantida pelo Grupo Boticário, é hoje palco de estudo sobre os efeitos do desmatamento para a extinção das aves. Graças a esses homens, calejados como eles só, a busca pelo conhecimento sai dos gabinetes com ar condicionado e chega ao mundo real que todos queremos conservar
por SERGIO ADEODATO: Jornalista

Falta de água coloca Amazônia e Mantiqueira em pauta

LF Cesar
A relação entre florestas e água é parte da nossa história pelo menos desde 1861, quando o Imperador D. Pedro II nomeia o major Manuel Archer como administrador da floresta da Tijuca e começa a adquirir, para o governo, glebas de terra naquele maciço. O objetivo era recuperar as nascentes que abasteciam a cidade do Rio de Janeiro, degradadas pelo desmatamento para o plantio de café. A nomeação deu início ao processo de restauração florestal de parte do que hoje é o Parque Nacional da Tijuca. Em 1873, o relatório final do trabalho contabiliza 61.852 mudas plantadas em sua gestão (com informações de http://salacristinageo.blogspot.com.br/2010/01/floresta-da-tijuca-historia-do-seu.html).

Na semana passada o cientista Antônio Donato Nobre divulgou alerta sobre os impactos do desmatamento da Amazônia no regime de chuvas do sudeste brasileiro. Ele destaca que já não basta zerar o desmatamento e é urgente que a floresta comece a ser replantada, da mesma forma que a Mata Atlântica também precisa de restauração para amenizar os efeitos do aquecimento global e da seca (http://www.oeco.org.br/reportagens/28749-temos-que-zerar-o-desmatamento-agora-diz-antonio-nobre). 

Para completar e reforçar o tema, a TV Vanguarda elaborou duas boas matérias sobre a falta de água na serra da Mantiqueira, relacionando a crise com o desmatamento, a ocupação desordenada, os parcelamentos irregulares e lembrando a importância das áreas de recarga dos mananciais e de preservação permanente (http://redeglobo.globo.com/sp/tvvanguarda/planetavanguarda/videos/t/edicoes/v/planeta-vanguarda-bloco-1/3751459/).

Enquanto a crise avança, não faltam experiências e informações que podem e precisam inspirar novas atitudes e melhores políticas.
 
Fotos: TV Vanguarda

ICMBio em Foco


Segue link para acessar o ICMBio em Foco, onde tem duas matérias sobre a região da Mantiqueira.

Declínio de populações de animais é um problema tão sério quanto o desmatamento

A divulgação anual dos números do desmatamento é crucial para estimar a ameaça a esses biomas, mas traça um retrato incompleto da situação. Mesmo em áreas não desmatadas, a defaunação – como é conhecida a diminuição acentuada da população de animais – avança a passos largos, representando um problema tão importante e difícil de controlar quanto o desmate, segundo um artigo publicado em julho deste ano na revista Science.
O trabalho, coordenado pelo mexicano Rodolfo Dirzo, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, tem entre seus coautores Mauro Galetti, do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, colaborador de longa data da equipe norte-americana. A revisão na Science reforça o que Galetti e seus colegas no Brasil têm demonstrado nos últimos anos, em especial na mata atlântica: o crescente empobrecimento faunístico dos ecossistemas. “São áreas não desmatadas que estão vazias de animais, inicialmente por causa da pressão da caça, que continua muito presente, mas também por uma série de outros fatores como o corte do palmito juçara, uma importante fonte de alimento para a fauna”, afirma Galetti. O grupo liderado por Dirzo calcula que, no mundo todo, as espécies de vertebrados tenham perdido, em média, pouco menos de um terço de sua população dos anos 1970 para cá. Alguns vertebrados são atingidos de forma mais severa – mais de 40% das espécies de anfíbios, por exemplo, são consideradas ameaçadas, ante 17% das aves.
É natural que o declínio dos vertebrados seja acompanhado de forma mais assídua tanto pelos pesquisadores quanto pelo público. São, para começar, muito mais visíveis do que a maioria dos invertebrados, e muitos pertencem a espécies consideradas carismáticas, que protagonizam campanhas conservacionistas e acabam se tornando conhecidas. O levantamento publicado na Science, no entanto, reuniu também dados disponíveis sobre invertebrados, chegando à conclusão de que a situação deles provavelmente também inspira preocupação.
Cerca de dois terços dos invertebrados monitorados perderam em média 45% de sua população. “A verdade é que precisamos de mais dados, mas não acho que esse número esteja superestimado”, diz Galetti. “O que acontece é que esses declínios se referem, em geral, a invertebrados que costumavam ser muito abundantes e, por isso, eram acompanhados em trabalhos de campo. O cenário provavelmente seria pior se espécies naturalmente mais raras entrassem na conta.”
© FÁBIO COLOMBINI
Maior herbívoro da mata atlântica, a anta é um agente importante na dispersão de sementes
Maior herbívoro da mata atlântica, a anta é um agente importante na dispersão de sementes
Efeito dominóAlém das consequências mais óbvias da escassez de animais, como o risco de extinção, a defaunação preocupa porque pode desencadear uma série de efeitos dominó ecológicos: a perda de espécies-chave tende a afetar diversos outros animais e plantas, com repercussões que podem comprometer tanto o funcionamento normal de um ecossistema quanto os serviços ambientais que ele proporciona aos seres humanos, como a fertilidade do solo ou a abundância de água potável.
O efeito é mais óbvio com predadores do topo da cadeia alimentar, como as onças. Sua presença impede que predadores menores sobrepujem os demais, resultando numa diversidade maior desses “súditos” dos felinos.
Herbívoros de grande e médio porte, por sua vez, são os principais responsáveis por dispersar sementes de frutos grandes (as antas desempenham esse papel com maestria), além de atuar também como “arquitetos”, abrindo clareiras e amassando plantas jovens. Até a abundância de anfíbios depende, em alguma medida, do pisoteio das margens de cursos d’água pelos grandes herbívoros, já que esse processo abre depressões onde rãs e sapos podem se abrigar.
Para qualquer tipo de fauna, porém, a situação na mata atlântica não parece ser das melhores. Num trabalho publicado em julho do ano passado na Biological Conservation, Galetti e colegas mapearam a situação de quatro espécies icônicas do bioma: o maior predador (a onça-pintada), o maior herbívoro (a anta), o maior devorador de sementes (a queixada) e o maior dispersor arbóreo de sementes (o muriqui, maior macaco das Américas). Analisando dados de quase 100 locais diferentes, eles chegaram à conclusão de que em 88% dos remanescentes da floresta não há mais nenhuma dessas espécies, e em 96% dos casos pelo menos uma delas está ausente. O pior é que, de acordo com o grupo da Unesp, menos de 20% dos fragmentos remanescentes da mata seriam adequados para abrigar o quarteto de espécies-chave.
A situação não melhora muito quando se analisa um leque mais amplo de espécies de grande e médio porte. Num estudo publicado em 2012 na PLoS ONE, do qual participaram Gustavo Canale, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), e Carlos Peres, da Universidade de East Anglia (Reino Unido), a equipe avaliou a presença de 18 espécies de mamíferos (incluindo, além dos citados acima, tamanduás, tatus e bugios, entre outros) em quase 200 fragmentos de mata atlântica, espalhados por três estados (Minas Gerais, Bahia e Sergipe). Resultado: só quatro das 18 espécies, em média, ainda ocorrem em fragmentos de até 5 mil hectares. E, mesmo em pedaços de mata com área maior do que isso, só sete espécies costumam ocorrer juntas.
© RAIMUNDO PACCÓ / FOLHAPRESS
Macacos grandes como os bugios têm desaparecido de alguns lugares devido à caça excessiva
Macacos grandes como os bugios têm desaparecido de alguns lugares devido à caça excessiva
Nos poucos lugares em que esses animais ainda existem, o temor dos biólogos é de que machos e fêmeas teriam dificuldade para encontrar parceiros. A redução da população também aumentaria o risco de cruzamentos entre parentes próximos, gerando filhotes com problemas congênitos ou dificuldade para resistir a doenças. Os dados disponíveis a respeito das onças-pintadas no bioma sugerem um cenário desse tipo, diz o geneticista Eduardo Eizirik, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. “Claramente há uma redução da diversidade, e os fragmentos também vão ficando diferenciados entre si, provavelmente um resultado de intensa deriva genética [perda aleatória de variação]”, afirma (ver Pesquisa FAPESP nº 215).
Pequenas grandes mudançasNo caso dos vertebrados pequenos e dos invertebrados, os danos ecológicos da perda de fauna são claros. Um exemplo é o papel de insetos como polinizadores, em especial as muitas espécies de abelhas – não é por acaso que o declínio das colmeias pelo mundo tem sido fonte de preocupação para agricultores.
No caso dos anfíbios, bem vulneráveis a perturbações ambientais, há registros de declínios populacionais dramáticos em regiões como os Andes e a América Central. Nesses casos, dois fatores podem estar atuando numa sinergia perversa: mudanças climáticas, que esquentam os ambientes frescos e úmidos preferidos pelos anfíbios, e o fungoBatrachochytrium dendrobatidis, que se dá bem nessas condições e pode levar muitas dessas espécies ao desaparecimento.
Boa parte da diversidade remanescente dos anfíbios da mata atlântica se concentra em áreas montanhosas e relativamente mais frias, onde o B. dendrobatidis foi identificado na década passada, o que levou os especialistas a temer uma repetição do cenário dos Andes. Por enquanto, contudo, a situação está se revelando mais complexa, diz a zoóloga Vanessa Kruth Verdade, da Universidade Federal do ABC.
“Os resultados indicam que cada espécie responde de maneira diferente às alterações climáticas. Além disso, descobriu-se que a linhagem do fungo no Brasil é antiga, anterior aos declínios, o que levanta questões sobre a sua importância como causador dos declínios em território nacional”, explica. Embora haja dados sobre perdas populacionais de diversas espécies de anfíbios no país, dimensionar o problema e entender suas causas ainda é um desafio pela falta de dados históricos sobre essas populações e de conhecimento de sua variação natural, afirma Vanessa. De qualquer maneira, o que está claro é que a defaunação acaba fortalecendo o círculo vicioso de empobrecimento da mata. “Ela retroalimenta negativamente o sistema por meio da depauperação da vegetação arbórea, como consequência da desestruturação das comunidades ecológicas”, diz ela.
Um exemplo claro desse fenômeno vem de um grupo inusitado de invertebrados, popularmente conhecidos como besouros rola-bostas. Como o nome sugere, eles comem fezes e usam o excremento produzido por grandes mamíferos para seus ninhos. Em outra pesquisa publicada na Biological Conservation em 2013, Galetti e seus colegas mostraram que, em áreas defaunadas da mata atlântica, uma série de mudanças afetam os besouros coprófagos: a diversidade de espécies desses insetos cai, assim como o tamanho dos besouros, enquanto o número absoluto de indivíduos aumenta. Não se trata de mera curiosidade, porque essas alterações podem ter impacto considerável na maneira como a matéria orgânica é reciclada no solo da mata e, portanto, no crescimento das plantas e numa série de outros parâmetros.
Reconstruindo comunidadesPara Galetti, esses resultados deixam claro que é preciso repensar as ações de recuperação ambiental. “Hoje, existem muitos projetos de criação de corredores ecológicos, plantando árvores, mas reconstituir a fauna é imprescindível, porém muito mais difícil”, explica.
O primeiro e óbvio passo é fazer valer a legislação que proíbe a caça, destaca ele, mas igualmente importante talvez fosse considerar reintroduções de animais levando em conta o papel ecológico de cada um deles no bioma. “Os projetos são pensados em termos da ameaça para aquela espécie em particular. Dependendo da situação, porém, talvez outra espécie fosse igualmente interessante. É claro que é importante recuperar a população do mico-leão-dourado, mas em alguns casos talvez reintroduzir outro frugívoro tenha o mesmo efeito”, compara. Seriam, em outras palavras, “pacotes ecológicos”, incluindo um herbívoro de grande porte, outro de médio porte, predadores pequenos e grandes, por exemplo? “Sim, mas isso teria de ser feito passo a passo – os herbívoros primeiro, por exemplo, depois os carnívoros. É um processo lento de refaunação que teremos que fazer.”
ProjetoEfeitos de um gradiente de defaunação na herbivoria, predação e dispersão de sementes: uma perspectiva na mata atlântica (nº 2007/03392-6); Pesquisador responsável Mauro Galetti (Unesp); Modalidade Projeto Temático;InvestimentoR$ 692.437,03 (FAPESP).
Artigos científicos
DIRZO, R. et al. Defaunation in the anthropoceneScience. v. 345, n. 6195, p. 401-06, 25 jul. 2014.
CULOT, L. et al. Selective defaunation affects dung beetle communities in continuous Atlantic rainforestBiological Conservation. v. 163, p. 79-89. jul. 2013.
JORGE, M. L. S. P. et al. Mammal defaunation as surrogate of trophic cascades in a biodiversity hotspotBiological Conservation. v. 163, p. 49-57. jul. 2013.
CANALE, G. et al. Pervasive defaunation of forest remnants in a tropical biodiversity hotspotPLoS One, v. 7, n. 8, e41671. 14 ago. 2012.
REINALDO JOSÉ LOPES | Edição 223 - Setembro de 2014
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/09/16/com-floresta-sem-fauna/ 
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Vaga para Técnico de Campo em SFX

 Está aberto o processo seletivo para a vaga para técnico de campo para o Programa de Conservação de Aves Cinegéticas da Mata Atlântica: Reintrodução e Monitoramento de Jacutingas (Aburria jacutinga). Boa parte desse programa é focado em atividades de reabilitação e monitoramento de aves na natureza.



O trabalho será desenvolvido em São Paulo (SP), no distrito de São Francisco Xavier, São José dos Campos (SP), no Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Caraguatatuba (SP) e na Reserva Ecológica Guapiaçu (RJ).  Todas as atividades serão planejadas e discutidas com a gerente do projeto.

Acesse o link abaixo para maiores informações:

Funbio é credenciado como nova agência do GEF



O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – Funbio, foi aprovado pelo painel de credenciamento independente do GEF, Global Environment Facility como agência implementadora da instituição. O anúncio foi feito ontem (28/10) por Naoko Ishii, CEO do GEF, na 47ª reunião do conselho, em Washington. O Funbio será a primeira agência do GEF na América Latina, e poderá acessar diretamente recursos gerenciados pelo GEF, parceria internacional que reúne 183 países e que, desde 1991, já destinou US$ 65 bilhões a projetos ambientais.

Batizada de GEF Project Agencies, a iniciativa prevê o credenciamento de até dez novas agências, que trabalharão diretamente com o secretariado e o trustee do GEF, ajudando países que recebem recursos a preparar e implementar projetos financiados pela instituição.O Funbio será a 15ª agência de projetos GEF, e a quarta organização sem fins lucrativos a integrar a lista.

“Hoje é um dia especial, porque nos tornamos uma agência GEF. Passamos por um longo processo mas os resultados são excelentes e posso dizer com segurança que, por ter passado por este processo, o Funbio se tornou uma instituição melhor: adotamos várias políticas e processos requeridos pelo GEF, que elevam o padrão da instituição.”, diz Rosa Lemos de Sá, CEO do Funbio,que participou do encontro em Washington.

O Funbio, criado há 18 anos a partir de uma doação de US$ 20 milhões do GEF, atuará como agência implementadora em território nacional. Em 18 anos, o Funbio já apoiou 203 projetos e 275 Unidades de Conservação. No final de 2011, quando o GEF decidiu ampliar a rede de agências e abriu um processo de seleção. O Funbio apresentou sua candidatura, indicado pela Secretaria de Assuntos Internacionais (SEAIN) do Governo do Brasil.

A rede de agências do GEF da qual fará parte o Funbio reúne o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a FAO-UN – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, o UNDP – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o UNEP – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a UNIDO – Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, o Banco de Desenvolvimento da Ásia, Conservação Internacional, o Banco Africano de Desenvolvimento, o WWF-US, o Banco de Desenvolvimento da África do Sul, o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e a IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.

Jornal Palavras 81

 O Jornal Palavras 81 relata sobre o Projeto GEF.


 http://alavras.blogspot.com.br/2014/10/jornal-palavras-81.html

Passarinhando nas Terras Altas da Mantiqueira

O Instituto Alto-Montana da Serra da Fina está lançando mais uma edição do "Passarinhando". Agora os participantes do curso além de observar aves na RPPN Alto-Montana, terão oportunidade de passarinhar na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia também!

Estão inclusos na inscrição a hospedagem, alimentação e transporte para o Parque Nacional do Itatiaia.

As vagas são limitadas! Garanta logo a sua!

Em caso de dúvidas entrar em contato por email ou pelos telefones: (35) 9163-2110/ 9195-4170


​Att, 
ENDY BAHIA ARTHUR
Coordenadora de Projetos
Instituto Alto-Montana da Serra Fina
Skype: endy_arthur/ Cel: 35-91632110

 
Acesse: http://institutoaltomontana.blogspot.com

Manifesto busca valorização das unidades de conservação e turismo sustentável

Divulgação
 
O WWF-Brasil, juntamente com a SOS Mata Atlântica, Inst. Semeia, e Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura - ABETA, atenta sobre a necessidade de valorização dos parques brasileiros que podem ser melhor explorados do ponto de vista turístico. O alerta integra um manifesto apresentado na Câmara dos Deputados durante debate sobre uso público de unidades de conservação.

Atualmente, dos quase 70 parques nacionais existentes no país, apenas 26 estão abertos à visitação e só 18 possuem infraestrutura satisfatória. Em 2012, esses parques tiveram 5,3 milhões de visitantes e arrecadaram menos de R$ 27 milhões com a venda de ingressos, sendo que pouco mais de três milhões de visitantes estiveram somente nos Parques Nacionais da Tijuca (RJ) e Iguaçu (PR) – situados no bioma Mata Atlântica.

Com o manifesto, o WWF Brasil e parceiros, alertam também para a redução de áreas de unidades de conservação. Segundo estudo recente publicado na revista cientifica Conservation Biology, nas últimas três décadas, 93 parques nacionais e outras unidades de conservação no Brasil tiveram suas fronteiras reduzidas ou seus status alterados. Cerca de 5,2 milhões de hectares de florestas nativas foram reduzidas. Isso equivale ao território do Rio Grande do Norte e é superior ao da Costa Rica

 Fonte:Site WWF

Seminário de Conservação da espécie Callithrix aurita no Parque Público Alambari



Programação:

13:45 Inscrições e café de boas vindas.

14:00 Mesa de abertura e Vídeo.

14:30 “Vizinhos do Parque” - O perfil e as percepções dos moradores do entorno do Parque Alambari - Mariana Villas, educadora ambiental da Azevedo e Travassos.
15:00 “O Cllithrix aurita / Sagui-da-serra escuro” - Características da espécie - Wagner R. Lacerda, primatólogo da Ecologic Consultoria.

15:30 “Habitantes do Parque” - Relatos de observações sobre o grupo de C.aurita que habita a mata do Parque Público Alambari -  Dalmo Alvarenga
​,​
Prof
essor ​
da FUNDHAS e Sr. Jairo Fernandes, presidente da Associação de Moradores de Campos de São José.

16:00 “Fiscalização Ambiental” - Aspectos da Lei de crimes ambientais referentes à proteção da fauna silvestre – Tenente Marcos Bonzanini, Comandante do Batalhão de Polícia Ambiental.

16:30 Café com prosa.

16:45 Construção participativa do Plano de Ação Local de conservação da espécie – Renata Brasileiro e Maria Alice Tocantins, analistas ambientais da APA MRPS / ICMBio.

17:45 Encerramento e entrega dos certificados.

Políticas para a Mata Atlântica precisam sair do papel