A relação entre florestas e água é parte da nossa história pelo menos desde 1861, quando o Imperador D. Pedro II nomeia o major Manuel Archer como administrador da floresta da Tijuca e começa a adquirir, para o governo, glebas de terra naquele maciço. O objetivo era recuperar as nascentes que abasteciam a cidade do Rio de Janeiro, degradadas pelo desmatamento para o plantio de café. A nomeação deu início ao processo de restauração florestal de parte do que hoje é o Parque Nacional da Tijuca. Em 1873, o relatório final do trabalho contabiliza 61.852 mudas plantadas em sua gestão (com informações de http://salacristinageo.blogspot.com.br/2010/01/floresta-da-tijuca-historia-do-seu.html).
Na semana passada o cientista Antônio Donato Nobre divulgou alerta sobre os impactos do desmatamento da Amazônia no regime de chuvas do sudeste brasileiro. Ele destaca que já não basta zerar o desmatamento e é urgente que a floresta comece a ser replantada, da mesma forma que a Mata Atlântica também precisa de restauração para amenizar os efeitos do aquecimento global e da seca (http://www.oeco.org.br/reportagens/28749-temos-que-zerar-o-desmatamento-agora-diz-antonio-nobre).
Para completar e reforçar o tema, a TV Vanguarda elaborou duas boas matérias sobre a falta de água na serra da Mantiqueira, relacionando a crise com o desmatamento, a ocupação desordenada, os parcelamentos irregulares e lembrando a importância das áreas de recarga dos mananciais e de preservação permanente (http://redeglobo.globo.com/sp/tvvanguarda/planetavanguarda/videos/t/edicoes/v/planeta-vanguarda-bloco-1/3751459/).
Enquanto a crise avança, não faltam experiências e informações que podem e precisam inspirar novas atitudes e melhores políticas.
Fotos: TV Vanguarda