sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Diagnóstico participativo do Parque Estadual da Pedra Selada realiza oficinas em Maringá, Serrinha e Vargem Grande

RESENDE E ITATIAIA - RJ
A primeira rodada de oficinas de Diagnóstico Rápido Participativo, parte do processo de elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Pedra Selada, contou com a presença de quase 60 participantes nas atividades de planejamento realizadas em Maringá, Serrinha do Alambari e Vargem Grande, durante os dias 27, 28 e 29 de novembro.
As oficinas reuniram lideranças locais, moradores, gestores dos parques Nacional do Itatiaia e Estadual da Pedra Selada e membros da equipe técnica da Detzel Consulting, empresa contratada pelo Inea - Instituto Estadual do Ambiente, que também enviou sua representação.
A atividade se realizou durante três dias a fim de facilitar a participação dos moradores de cada localidade e teve os seguintes objetivos:
Nivelar o conhecimento sobre o que é uma Unidade de Conservação, o que é um Plano de Manejo e como é o seu processo de elaboração;
dar ciência às comunidades sobre o processo de elaboração do Plano de Manejo e sobre as ações de implementação, oportunizando o esclarecimento de dúvidas e a difusão de informações para as comunidades;
coletar informações relativas à percepção das comunidades quanto à Unidade de Conservação e quanto a diversos aspectos da região, com o sentido de subsidiar o processo de elaboração do Plano de Manejo;
coletar informações especificas sobre o Parque e região do entorno que auxiliem os trabalhos de coleta de dados em campo para a elaboração do diagnóstico socioeconômico e ambiental;
promover o intercâmbio de conhecimentos e vivências, incluindo sensibilização e mobilização dos principais grupos e instituições para a gestão participativa do Parque.
A metodologia das oficinas utilizou ferramentas de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) - um conjunto de técnicas que permite que as comunidades contribuam com o diagnóstico da região a partir de suas experiências e visões, baseando-se nos seus próprios conceitos e critérios.
Conforme descreve o roteiro da metodologia utilizada, as técnicas usadas no DRP facilitam o processo de comunicação interpessoal, estimulando os participantes para a emissão de contribuições e análises quanto à situação do Parque e da região. Tais ferramentas ajudam na identificação de forças impulsionadoras (pontos fortes e oportunidades) e restritivas (pontos fracos e ameaças); possibilitam localizar informações (conflitos/impactos, ações prioritárias, atrativos) no mapa, com base no conhecimento que os participantes têm sobre a região; e identificam instituições que se relacionam ou tem potencial de se relacionar com o Parque, dimensionando sua importância e o nível de participação de cada instituição.
A primeira atividade, uma Dinâmica de Integração denominada “Obra de Arte Conjunta” foi de fundamental importância para facilitar o entrosamento do grupo e revelou visões variadas e formas criativas. Os desenhos dos diferentes grupos incluíram desde uma mandala representativa das inter-relações dos diversos aspectos que se articulam em função da existência do parque, até uma ilustração com a visão da comunidade antes do parque ser criado e que, ao ser apresentada no sentido oposto, com giro de 180 graus, revelava o novo momento, quando a ideia negativa sobre a unidade foi transformada em expectativa favorável que integra a proteção da natureza com o maior desenvolvimento local por meio do ecoturismo. Outra imagem representou a leveza do pouso da libélula sobre a água, na qual ela toca e retoma seu voo causando praticamente nenhum impacto. A maioria dos mapas, no entanto, retratou a própria geografia local, com destaque para pontos de maior interesse, como trilhas, cachoeiras, cumes e elementos culturais.
Após as demais dinâmicas, os participantes entregaram fichas com a sua avaliação da oficina, indicando a importância da mesma não apenas para fins de diagnóstico, mas também para esclarecer dúvidas que ainda persistiam sobre o Parque.
A próxima série de reuniões terá conteúdo idêntico à anterior, sendo destinada aqueles que não compareceram na primeira etapa e que receberão convites nominais a partir desta semana. Essas próximas oficinas serão realizadas nos dias 11, 12 e 13 de dezembro, em Visconde de Mauá, Bagagem e Capelinha, localidades do município de Resende-RJ.
Mais informações podem ser obtidas através do telefone (24) 3387-2318, e-mail peps@detzel.com.br ou na sede do Parque Estadual da Pedra Selada, localizada na Av. Presidente Wenceslau Braz, 200, Vila de Visconde de Mauá, Resende/RJ.
Fotos: Participantes das oficinas elaboram mapas colaborativos
http://ambienteregionalagulhasnegras.blogspot.com.br/2014/12/diagnostico-participativo-do-parque.html
Fonte:
Coordenação de Comunicação e Articulação
Projeto Ações Prioritárias para a Implantação do Parque Estadual da Pedra Selada
Detzel Consulting / Inea