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June 21, 2015 - 00:34
Corredor Ecológico do Vale prioriza recuperação da bacia do Rio do Peixe em São José
Área da bacia do Rio do Peixe, na zona norte de São José. Foto: José Luciano Penido
Outras áreas degradadas da RMVale vão ser reflorestadas com o objetivo de aumentar a produção de água e preservar nascentes
Xandu AlvesSão José dos Campos
A bacia do Rio do Peixe, na região norte de São José, entrou no radar de organismos governamentais e da sociedade civil como prioridade para a recuperação ambiental.
A meta é investir no verde para colher azul. Ou seja, reflorestar áreas degradadas na região para aumentar a produção de água, além de preservar nascentes e lençóis freáticos.
“Não há azul sem verde”, resume José Luciano Penido, presidente do conselho do Corredor Ecológico do Vale do Paraíba e do Conselho de Administração da Fibria.
A entidade quer reconectar 150 mil hectares da Mata Atlântica ligando áreas florestais isoladas. Não basta plantar florestas novas, diz Penido, sem uní-las a outras por meio de um imenso corredor verde.
Produtor. Para alcançar a meta, o Corredor Ecológico do Vale visa recuperar primeiro 6.000 hectares pelos próximos 15 anos, com prioridade para a bacia do rio do Peixe, que é afluente do rio Jaguari.
E ambos alimentam a represa Jaguari e a bacia do rio Paraíba do Sul, da qual o Estado quer tirar água para abastecer a Grande São Paulo.
“É área prioritária para o Corredor Ecológico por que ali passam uma das linhas de conexão, previstas em nosso estudo”, afirma Penido.
A ideia do grupo é não fazer nada isolado.
Primeiro levantar as áreas degradadas e depois planejar o plantio (tipo de muda nativa, custo e procedimento) e integrar o meio rural no processo.
“Temos o objetivo de envolver a comunidade do entorno com ações de educação ambiental, focando na ampliação do entendimento da importância da floresta de pé e seus benefícios diretos e indiretos.”
A conta que ele faz para o projeto andar é de R$ 10 mil a R$ 34 mil por hectare, incluindo gastos com mudas, plantio, manutenção e ações socioculturais na comunidade.
Para se recuperar área totalmente degradada, segundo Penido, considera-se o plantio de até 1.700 mudas por hectare.
Degradação. Na região, segundo avaliação do Corredor Ecológico, as áreas com maior grau de degradação são várzea do rio Paraíba (pela expansão urbana e industrial constante), eixo de ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo e locais de atividades mineradoras, que se estendem em todo o Vale.
Penido acrescenta a bacia do rio do Peixe.
“Ainda existem grandes fragmentos de florestas nas áreas altas, mas o restante da bacia encontra-se praticamente degradada, por pastagem produtiva, e abandonada.”
CORREDORCorredor Ecológico quer recuperar 150 mil hectares de floresta na bacia do rio Paraíba
PRIORIDADE
Recuperar 6.000 hectares pelos próximos 15 anos, incluindo a bacia do rio do Peixe
CUSTO
Varia entre R$ 10 mil a R$ 34 mil o hectare, dependendo do estado de degradação e área
ÁRVORESEspécies florestais nativas de ocorrência regional, como embaúba, palmeira juçara, quaresmeira, araçá, pitanga, cambuci, candeia, uvaia e sangra-d’água
ESTADO
Restaurar 371 hectares de matas ciliares na bacia do rio Paraíba do Sul, com 618.983 mudas de 80 espécies nativas
MUNICÍPIO
São José lançará até julho o 2° edital do programa ‘Mais Água’, para remunerar produtores rurais da zona norte que preservem áreas de mata
DÉFICIT
Faltam 583,07 mil hectares de cobertura de vegetal em toda a bacia do rio Paraíba do Sul
A bacia do Rio do Peixe, na região norte de São José, entrou no radar de organismos governamentais e da sociedade civil como prioridade para a recuperação ambiental.
A meta é investir no verde para colher azul. Ou seja, reflorestar áreas degradadas na região para aumentar a produção de água, além de preservar nascentes e lençóis freáticos.
“Não há azul sem verde”, resume José Luciano Penido, presidente do conselho do Corredor Ecológico do Vale do Paraíba e do Conselho de Administração da Fibria.
A entidade quer reconectar 150 mil hectares da Mata Atlântica ligando áreas florestais isoladas. Não basta plantar florestas novas, diz Penido, sem uní-las a outras por meio de um imenso corredor verde.
Produtor. Para alcançar a meta, o Corredor Ecológico do Vale visa recuperar primeiro 6.000 hectares pelos próximos 15 anos, com prioridade para a bacia do rio do Peixe, que é afluente do rio Jaguari.
E ambos alimentam a represa Jaguari e a bacia do rio Paraíba do Sul, da qual o Estado quer tirar água para abastecer a Grande São Paulo.
“É área prioritária para o Corredor Ecológico por que ali passam uma das linhas de conexão, previstas em nosso estudo”, afirma Penido.
A ideia do grupo é não fazer nada isolado.
Primeiro levantar as áreas degradadas e depois planejar o plantio (tipo de muda nativa, custo e procedimento) e integrar o meio rural no processo.
“Temos o objetivo de envolver a comunidade do entorno com ações de educação ambiental, focando na ampliação do entendimento da importância da floresta de pé e seus benefícios diretos e indiretos.”
A conta que ele faz para o projeto andar é de R$ 10 mil a R$ 34 mil por hectare, incluindo gastos com mudas, plantio, manutenção e ações socioculturais na comunidade.
Para se recuperar área totalmente degradada, segundo Penido, considera-se o plantio de até 1.700 mudas por hectare.
Degradação. Na região, segundo avaliação do Corredor Ecológico, as áreas com maior grau de degradação são várzea do rio Paraíba (pela expansão urbana e industrial constante), eixo de ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo e locais de atividades mineradoras, que se estendem em todo o Vale.
Penido acrescenta a bacia do rio do Peixe.
“Ainda existem grandes fragmentos de florestas nas áreas altas, mas o restante da bacia encontra-se praticamente degradada, por pastagem produtiva, e abandonada.”
CORREDORCorredor Ecológico quer recuperar 150 mil hectares de floresta na bacia do rio Paraíba
PRIORIDADE
Recuperar 6.000 hectares pelos próximos 15 anos, incluindo a bacia do rio do Peixe
CUSTO
Varia entre R$ 10 mil a R$ 34 mil o hectare, dependendo do estado de degradação e área
ÁRVORESEspécies florestais nativas de ocorrência regional, como embaúba, palmeira juçara, quaresmeira, araçá, pitanga, cambuci, candeia, uvaia e sangra-d’água
ESTADO
Restaurar 371 hectares de matas ciliares na bacia do rio Paraíba do Sul, com 618.983 mudas de 80 espécies nativas
MUNICÍPIO
São José lançará até julho o 2° edital do programa ‘Mais Água’, para remunerar produtores rurais da zona norte que preservem áreas de mata
DÉFICIT
Faltam 583,07 mil hectares de cobertura de vegetal em toda a bacia do rio Paraíba do Sul