quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Instituto faz seminário sobre prevenção de desastres

11/11/16 11:27

Inscrições para o oitava edição do evento promovido pelo Instituto Geológico já estão abertas


O Instituto Geológico (IG), órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente (SMA), promove nos dias 22 e 23/11 o VIII Seminário Estratégias para Redução de Riscos e Desastres a Eventos Geodinâmicos de São Paulo. O evento será realizado no auditório Augusto Ruschi, na sede da SMA, na zona oeste da capital, a partir das 8h30. As inscrições já estão abertas. Para se inscrever, clique aqui.
A ideia do evento é avaliar estratégias de redução de risco e desastres desenvolvidas neste ano, com debates sobre relações da gestão de risco de desastres e também sobre ações preventivas. Para 
fortalecer o pacto federativo, o IG vai apresentar um balanço das ações dos serviços geológicos dos estados do Paraná e do Rio de Janeiro.
O seminário também vai propor uma discussão técnica sobre desafios de gerenciamento do Plano de Contingência do Polo Industrial de Cubatão e a implantação de plano preventivo para ressacas e marés-altas.
O evento é aberto ao público, mas a expectativa é que os participantes sejam majoritariamente pessoas ligadas ao tema.
Leia toda a programação do seminário em http://www.ambiente.sp.gov.br/2016/11/11/instituto-faz-seminario-sobre-prevencao-de-desastres/

Secretaria assina criação de duas áreas de proteção ambiental no interior

11/11/16 17:4

Titular da pasta, Ricardo Salles apoiou novas Reservas Particulares do Patrimônio Particular que vão passar a existir no Espírito Santo do Pinhal e em São José dos Campos


O secretário do Meio Ambiente, Ricardo Salles, assinou nesta sexta-feira, 11, a criação de duas novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) durante o Seminário Paisagem, Conservação e Sustentabilidade Financeira, que aconteceu em do Espírito Santo do Pinhal, cidade da região oeste Estado. Uma das RPPNs vai ficar na própria cidade. A outra, em São José dos Campos, também no interior.
“Toda a região de Pinhal possuiu grande riqueza de fauna e flora. E merece ter RPPN e ser apoiada pelo governo do estado de São Paulo. É nosso compromisso”, disse Salles durante o evento.
As RPPN são áreas privadas cujos proprietários se comprometem a preservar por iniciativa própria. O proprietário então passa a ter o direito de participar de ações do Estado voltadas à proteção do meio ambiente. Se o imóvel estiver localizado em área rural, o proprietário terá isenção do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural). Se em área urbana, ele será isento do IPTU, desde que isso esteja amparado por alguma lei municipal.
O seminário debateu também o desenvolvimento territorial sustentável aliado à conservação em terras privadas.
Fonte: http://www.ambiente.sp.gov.br/2016/11/11/secretaria-assina-criacao-de-duas-areas-de-protecao-ambiental-no-interior/

Prevenção de perda de animais em catástrofes

CONFERÊNCIA NA BOLÍVIA





Representantes de 30 países estão reunidos esta semana na Bolívia para debater a redução de mortes de animais em catástrofes na 23ª Conferência da Comissão Regional da Organização Mundial de Saúde Animal (World Organisation for Animal Health - OIE) para as Américas. 

O representante do Brasil na reunião é o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques. A prevenção da gripe aviária, a resistência aos antimicrobianos, a contribuição das Américas e a estratégia mundial para o controle da febre aftosa também serão temas discutidos na Conferência, que vai até o dia 18/11 na Bolívia.

#PortalMapa https://goo.gl/lcpCik


Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

2° Feira Nacional da Reforma Agrária em São Paulo



*Local a confirmar.

De 01 a 04/12, agricultores de 23 estados mais o Distrito Federal estarão presentes neste espaço multicultural organizado pelo MST.

A população paulistana terá acesso a toneladas de alimentos a preços populares, produzidos nas áreas de assentamentos da Reforma Agrária de todas as regiões do país.

Além da feira, também haverá uma vasta programação, com shows, intervenções culturais, seminários e uma Praça de Alimentação com comidas típicas de cada região. 

A Feira também é uma oportunidade de estreitar o diálogo entre a população do campo e da cidade, mostrando a importância da Reforma Agrária na produção de alimentos saudáveis para a mesa do povo brasileiro. 

Saiba como funciona o sistema de monitoramento de queimadas no País

Monitoramento

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) libera informações sobre queimadas no Brasil a cada três horas para qualquer cidadão

por Portal BrasilPublicado11/08/2016 18h54Última modificação11/08/2016 20h23
Foto: José Cruz/Agência BrasilSatélites do Inpe mostram o local e a temperatura das regiões através de registro termal
Satélites do Inpe mostram o local e a temperatura das regiões através de registro termal
O inverno é tradicionalmente uma das épocas do ano com maiores índices de incêndios no País. O ar seco estimula a proliferação do fogo e prejudica ainda mais a situação de áreas verdes que já sofrem com as queimadas na lavoura e o fogo criminoso, que facilita o desmatamento.
Como será então o trabalho de monitoramento das faixas de queimadas realizado pelos institutos de vigilância neste período do ano? O trabalho começa com a análise das imagens geradas por diversos satélites.
A diferença entre os satélites que focam queimadas e outros de monitoramento visual é o tipo de imagem que eles geram: os usados em queimadas visualizam comprimentos de onda que não são visíveis a olho nu, mas mostram a temperatura a que uma determinada área está exposta.
Por isso, esses satélites não precisam de uma resolução de imagens tão próxima da Terra para perceber que um lugar está muito quente. Um dos satélites, por exemplo, apresenta imagens de uma área de 375 metros quadrados por cada pixel, como explica o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Alberto Setzer.
O mecanismo trabalha com a detecção de áreas de calor dentro desse pedaço da imagem produzida. “Ele mostra que há uma queimada ali. Não sei se é uma queimada de 50 ou 100 metros, mas tenho certeza que tem uma fonte de calor ali”, explica.
Atualmente, oito os satélites são usados pelo instituto para fazer o monitoramento das áreas atingidas pelo fogo. Destes, dois são geoestacionários – ou seja, mantém uma velocidade de órbita em relação à Terra que os permite ficar acima de um ponto continuamente. Os outros seis são satélites orbitais, que ficam mais próximos do planeta .
Entenda como funciona
O satélite Aqua, por exemplo, tem uma resolução de 1 km² de visualização por pixel de imagem. Atualmente, a espaçonave funciona como uma espécie de satélite principal. Isso porque a órbita dele é a mais constante entre os satélites usados no monitoramento.
“Ele faz uma volta na Terra a cada 90 minutos. Acima do País, o Aqua passa às 2h30 e às 14h30 a uma altitude de 830 km”, afirma Setzer, que também atua como coordenador do monitoramento de queimadas do Inpe.
Durante a passagem, os satélites vão se comunicando por meio de ondas de rádio – tanto entre si, quanto com antenas em pontos localizados em algumas centenas de bases no solo. Se for um satélite orbital, essa passagem pode demorar até 12 minutos para cruzar o território nacional. 
Imagens termais
Após a captação, o Inpe junta e processa as cerca de 200 imagens diárias produzidas pelos equipamentos. Dentro desse processo, são descartados faixas com temperatura menor que  60ºC, explica o especialista.
Quem usa
O Inpe tem uma base de três mil cadastros para receber informações sobre queimadas. As informações disponibilizadas são usadas por instituições federais como o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Isso porque, como explica Setzer, as queimadas são a segunda causa de apagões de energia, porque o fogo, perto de fios de alta tensão, “muda a condutividade energética do ar”.
Outro órgão que utiliza os dados em tempo real é a polícia ambiental de São Paulo. Com o foco demonstrado, eles o usam “para multar o pessoal que está queimando”, indica Setzer. Além deles, organizações não governamentais de monitoramento ambiental e até mesmo a Funai usam os dados para manter um controle de dados sobre suas áreas de influência.
Entenda o trabalho de monitoramento de incêndios no País
Para mais informações, acesse o site do Inpe de monitoramento de queimadas.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Inpe

Ministério lança publicações voltadas às unidades de conservação

Objetivo é orientar interessados em emendas parlamentares com foco no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).
DA REDAÇÃO
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou três publicações para apoiar a proposição de emendas parlamentares e a elaboração de propostas técnicas vinculadas à ação orçamentária 20LX – Ampliação e Consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. O material está disponível para consulta na Internet.
O objetivo é orientar tecnicamente os interessados na submissão e elaboração de emendas parlamentares e propostas de convênio que promovam a ampliação, implementação e consolidação do SNUC.
As emendas parlamentares podem contribuir para o fortalecimento do Sistema, apoiando a criação, gestão e consolidação de unidades de conservação (UC). Já os projetos devem se enquadrar em critérios legais e técnicos, atendendo a normas gerais relativas à convênios no âmbito da esfera administrativa federal e critérios específicos apontados na Ação Orçamentária 20LX – Ampliação e Consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.
As publicações abordam os temas: Implantação e consolidação do SNUC – ação orçamentária 20LX; Como apoiar o SNUC e; Orientações básicas para apresentação de proposta para a implantação e consolidação do SNUC – ação orçamentária 20LX.
A iniciativa ocorre no âmbito da Cooperação Técnica entre Brasil e Alemanha, por meio do Projeto Consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) – LifeWeb.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227

Fundo da Mata Atlântica do Rio de Janeiro sob ameaça


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O Serviço de Guarda-Parques do INEA for treinado e equipado com recursos do FMA. Foto: Arquivo Inea
O Serviço de Guarda-Parques do INEA for treinado e equipado com recursos do Fundo da Mata Atlântica (FMA). Foto: Arquivo Inea
O Fundo da Mata Atlântica (FMA) é um engenhoso e eficiente mecanismo financeiro e operacional desenvolvido durante a gestão de Carlos Minc à frente da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro para otimizar a aplicação dos recursos da compensação ambiental estadual. Tantos e tão rápidos avanços proporcionou ao processo de criação, implantação e gestão das unidades de conservação fluminenses desde a sua criação em 2009 que, hoje, o FMA merece o reconhecimento praticamente unânime dos ambientalistas e estudiosos do tema, e é apontado como, talvez, o melhor modelo em vigor no país para aplicar a compensação ambiental ao fim a que se destina.
A despeito disso tudo, o seu funcionamento encontra-se hoje ameaçado por conta de uma decisão da 11ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, que concluiu que o destino desses recursos deveria ser o Fundo Estadual de Controle Ambiental (Fecam), o mesmo que tem tido os seus cofres raspados para mitigar a gravíssima crise financeira do estado, bancando salários e débitos com fornecedores em atraso. Mas esta ainda não é uma decisão definitiva, e há motivos para se ter esperança de que um dos poucos setores da administração estadual que não estão em colapso venha a ser também tragado pelo caos reinante, com grave e irreversível prejuízo para a biodiversidade fluminense.
Em 2007, as UCs estaduais do Rio de Janeiro e o seu órgão gestor à época, o Instituto Estadual de Florestas, encontravam-se num estado de completa indigência, sem recursos humanos e materiais para investir e geri-las adequadamente. Havia, no entanto, a perspectiva de ingresso de um volume muito grande de dinheiro decorrente dos processos de licenciamento ambiental estaduais, mas nenhuma ideia de como utilizá-los de forma eficiente, sem os entraves costumeiros da administração pública e sem o risco desse precioso recurso ser contingenciado ou desviado para outras finalidades que não as unidades de conservação.
Sede, alojamentos e centro de visitantes da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, construídos com recursos do FMA. Foto: André Ilha
Sede, alojamentos e centro de visitantes da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, construídos com recursos do FMA. Foto: André Ilha
"(...)pela primeira vez na história procedeu-se à regularização fundiária das UCs estaduais; sedes, alojamentos de guarda-parques e pesquisadores, guaritas, cercas, centros de visitantes etc. foram projetados e construídos em rápida sucessão"
Em vista disso, vislumbrou-se a possibilidade de se criar no Rio de Janeiro um mecanismo inspirado no bem-sucedido projeto Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia), que beneficiou dezenas de UCs naquele bioma. O Fundo da Mata Atlântica foi todo construído com rigorosa observância à legislação, com amparo da Procuradoria Geral do Estado, porém valendo-se de um olhar inovador, com base na natureza privada desses recursos, atestada por diversos tribunais de contas no país e pelo próprio TCU. Seu primeiro operador foi o Funbio, única entidade com a expertise para tal, adquirida com a exitosa operação do projeto Arpa e de outros de menor monta Brasil afora.
O FMA, na verdade não é um fundo na acepção jurídica do termo: esse é apenas um apelido, um nome fantasia para um conjunto de contas individuais de empreendedores privados obrigados a destinar uma quantia estipulada no processo de licenciamento ambiental para “apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral”, conforme consta na lei. Por serem essas contas administradas em conjunto, isso resultou num extraordinário ganho de escala e uniformidade, e emprestou uma eficiência privada à gestão desses recursos e um resultado financeiro adicional que não apenas cobre toda a gestão do mecanismo, mas, também, proporciona um superávit que é reaplicado nas UCs estaduais, federais, municipais e RPPNs por eles contempladas. O controle é rigorosamente feito mediante um sistema informatizado integrado, que resulta em uma transparência sem paralelo, que colocou o RJ no topo do quesito "visibilidade e transparência na aplicação da compensação ambiental" em um amplo estudo feito em todo o Brasil pela organização The Nature Conservancy (TNC), incluído aí o sistema federal de UCs.
Assim, pela primeira vez na história procedeu-se à regularização fundiária das UCs estaduais; sedes, alojamentos de guarda-parques e pesquisadores, guaritas, cercas, centros de visitantes etc. foram projetados e construídos em rápida sucessão; um Serviço de Guarda-Parques comme il faut foi devidamente treinado e equipado; um bem montado Serviço de RPPNs analisou em tempo recorde dezenas de pedidos, ampliando bastante a área protegida do estado; os planos de manejo da maior parte das UCs estaduais foi elaborado; e muito mais.
Os veículos do Serviço de Guarda-Parques do INEA foram adquiridos com recursos do FMA. Foto: André Ilha
Os veículos do Serviço de Guarda-Parques do INEA foram adquiridos com recursos do FMA. Foto: André Ilha
Se a novidade e o sucesso dessa iniciativa motivaram inúmeras manifestações de admiração e apoio, por outro lado também geraram, junto aos desavisados ou mal-intencionados, manifestações de suspeita e críticas infundadas. Isso era previsível, pois nenhum grande avanço se dá sem resistência, mas o FMA continuava a prestar mais e melhores serviços até que um promotor de Justiça da Região dos Lagos fluminense, recusando convites para conhecer mais profundamente o mecanismo e sem se importar onde residia o interesse público primário (no caso, o mais eficiente modelo de criação, implantação e gestão de UCs em todo o país), entrou com uma ação civil pública para detonar todo o sistema, tomando como gancho um projeto local por ele apoiado.
Derrotada a sua tese fragorosamente na primeira instância, outros promotores apresentaram recurso à decisão inicial, o que levou à polêmica decisão da 11ª Câmara Cível, que por sua vez já foi também contestada pelos réus (governo do RJ, Inea e Funbio) e possivelmente seguirá para novo e definitivo julgamento no STJ.
A subsede Realengo do Parque Estadual da Pedra Branca foi construída e ampliada via FMA. Foto: André Ilha
A subsede Realengo do Parque Estadual da Pedra Branca foi construída e ampliada via FMA. Foto: André Ilha
Mas, teses jurídicas à parte, e considerando que o FMA ofereceu de fato a melhor resposta prática para o problema da aplicação da compensação ambiental em benefício das unidades de conservação, sempre tão abandonadas e maltratadas pelos governos, um grupo de entidades ambientalistas, capitaneadas pela Rede de ONGs da Mata Atlântica e pelo Grupo Ação Ecológica, ingressou com requerimento para que o caso venha a ser objeto de mediação pelo próprio Tribunal de Justiça. O objetivo do pedido é que o FMA venha a ser reanalisado em todas as suas dimensões de forma franca e direta, e não apenas no plano puramente conceitual do Direito (onde, de qualquer forma, é matéria ainda muito controversa), para que todas as partes envolvidas – acusador, réus e autoridade julgadora – concluam juntas onde realmente reside o interesse público na questão.
Estamos confiantes de que prevalecerá o bom-senso, e que nem por um momento será negado às unidades de conservação do Rio de Janeiro o acesso ágil, seguro e transparente aos recursos da compensação ambiental, evitando que sejam elas também lançadas ao turbilhão que está engolindo e triturando as demais instituições estaduais nesse momento.
Por André Ilha

Parques do Brasil


O evento “Parques do Brasil” acontecerá no dia 24/11, das 9h às 19h, no lounge da  Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.
Mais informações estão no site evento.semeia.org.br , onde é possível  também confirmar presença.  

Jacutinga volta à Mata Atlântica graças ao trabalho de biólogos brasileiros

No passado, a jacutinga (Aburria jacutinga), esta linda ave da foto acima, era encontrada em florestas desde a Bahia até o Rio Grande do Sul. Endêmica da Mata Atlântica, ou seja, ela só existe neste bioma e em nenhum outro lugar do mundo, ela foi desaparecendo. A perda de seu habitat natural, provocado pelo desmatamento– hoje restam apenas 8,5% do território original da Mata Atlântica -, e também a caça, fizeram com que a jacutinga fosse praticamente extinta no Brasil. Em um censo realizado em 2010, somente foi avistada uma única ave no Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo.
Seis anos depois, em junho último, graças aos esforços de conservação da equipe da organização Save Brasil, nove jacutingas foram soltas em uma área protegida, dentro da Serra da Mantiqueira, em São Paulo.
Antes disso, entretanto, as aves passaram por processo de reabilitação à vida selvagem. Em março deste ano, elas deixaram um criadouro particular e foram levadas para o viveiro de reabilitação na Serra da Mantiqueira. Durante três meses, os biólogos estudaram o comportamento das jacutingas e a interação social entre elas. Também as treinaram para que, na mata, se alimentassem e voassem livremente e reconhecessem predadores.
Após a soltura, o grupo das jacutingas continua a ser monitorado com radares via satélite, colocado em colares nas aves, além de idas a campo pelos pesquisadores e ainda, através da participação da comunidade local, incentivada a relatar quando elas são avistadas.
Foi exatamente desta maneira, que uma semana depois de serem reintroduzidas na mata, um morador da região avisou que havia visto uma jacutinga macho, acompanhada de uma fêmea, há mais de 1 km de distância do viveiro de reabilitação. Para os biólogos envolvidos no projeto, esta é uma excelente notícia, já que mostra que os animais estão circulando livremente pela floresta e se alimentando adequadamente.
A ação de reabilitação e soltura das aves faz parte do Projeto Jacutinga, uma parceria da Save Brasil com o ICMBio/APA Mananciais do Rio Paraíba do Sul.
Parte importante do trabalho conjunto destas organizações é a educação ambiental da comunidade. Desde o ano passado, foram realizadas diversas ações e atividades com professores e alunos das escolas públicas da região*. Para que se sintam estimulados a se envolver no projeto de preservação da jacutinga, as pessoas precisam entender a importância da ave para o meio ambiente.
Além de se alimentar do palmito-juçara (Euterpe edulis), a jacutinga consome uma enorme variedade de frutos. Ao regurgitar ou defecar as sementes, a ave contribui para a dispersão das mesmas e assim, exerce seu papel de colaboradora no replantio de espécies de árvores e plantas da Mata Atlântica.
Viveiro de reabilitação das jacutingas na Serra da Mantiqueira
Foto: divulgação BirdLife Internacional/Marco Silva e @rboulhosa

Economias Subversivas

No começo de dezembro a Nuvem vai organizar o encontro Economias Subversivas. Durante 5 dias estaremos compartilhando novas maneiras de fazer trocas, investir, descrescer e financiar ações e projetos, num ambiente de imersão. Se você tem uma ideia ou uma experiência que gostaria de compartilhar, leia a chamada e se inscreva. Serão convidadas 5 a 7 pessoas de qualquer parte do Brasil com passagem, alimentação e hospedagem.

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Há décadas, desde a hegemonia do modelo neoliberal, os governos e populações se tornaram subordinados aos grandes grupos financeiros. Mesmo com eleições regulares, os representantes escolhidos pouco podem fazer – ou querem fazer - em relação a esse arranjo de poderes. Na crise especulativa de 2008, foi a população que teve de pagar o resgate das instituições financeiras, enquanto até os bônus dos CEOs das corporações delinquentes foram mantidos.
O encontro Economias Subversivas quer investigar ideias e iniciativas que desmontem os modelos existentes. Os startups “disruptivos”, em sua maioria, só fazem reforçar sistemas de controle financeiros e concentrar ainda mais a renda em estruturas hierarquizadas e fechadas. Acreditamos que a economia pode ser plataforma e tubo de ensaios para criatividade de qualquer um. Afinal as finanças são baseados no crédito, que nada mais é do que a ideia de emprestar bens à base de confiança, e, opcionalmente, de uma compensação. Das grandes navegações e os primeiros bancos até os fundos hedge e as criptomoedas, toda economia se baseia nessa premissa.
Procuramos projetos que sejam sustentáveis economicamente, mas controlados pelas comunidades e que as beneficiem. A difusão e barateamento da tecnologia possibilitam que apareçam soluções locais. A geração de energia, produção de alimentos, comunicação, transportem já prescindem dos grandes modelos verticais. Porque continuamos a depender das megaempresas de infraestrutura? Porque as células produtivas continuam a ser baseadas no empreendedorismo centralizador, hierárquico, voltado para enriquecimento pessoal, enquanto os modelos cooperativos se tornam cada vez mais difíceis de realizar?
Queremos alternativas para as moedas, para os bancos, financiamentos e investimentos. O modelo econômico baseado no crescimento do PIB atingiu o limite planetário de produção de bens. Produz-se alimentos suficiente para 10 bilhões de pessoas, enquanto quase dez por cento dos 7 bilhões de humanos passa fome.
Nesse encontro, serão selecionadas 5 a 7 propostas, ideias, elucubrações – práticas ou teóricas, ficcionais ou em andamento – que queiram subverter a ordem econômica existente através de microprojetos, romances, instalações, startups cooperativos, criptocréditos, arranjos produtivos, mercados de trocas, etc. Durante os 5 dias do encontro, os selecionados irão interagir com os convidados – pessoas que já realizaram projetos similares, ou que tem estudos sobre o tema – sobre a viabilidade, potenciais e fraqueza do seu projeto. A Nuvem oferece transporte, alimentação e hospedagem para todos os participantes. A hospedagem é na própria casa do encontro, em quartos coletivos mistos com 4 pessoas cada, no máximo; a alimentação é vegetariana.

Além da chamada para o encontro, convidaremos em breve a enviar textos em torno do tema, de até 30 laudas, para uma publicação com lançamento no começo de 2017.
Agradecemos a difusão em suas listas!
Essa atividade tem o apoio da Fundação Ford

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Proteção das cavernas ganha forte aliado

Publicado: Segunda, 24 de Outubro de 2016, 18h36

ICMBio lança documento para auxiliar estudos de licenciamento ambiental em áreas onde as cavidades naturais subterrâneas possam ser impactadas


N5Sul Pequia 1

Brasília (24/10/2016) – Para evitar que as cavidades naturais subterrâneas brasileiras sejam impactadas por empreendimentos ou atividades em seus arredores, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, (ICMBio), realizou uma série de estudos sobre o assunto, que resultaram na publicação de dois documentos sobre Sismografia Aplicada à Proteção do Patrimônio Espeleológico.

O objetivo é impedir que as vibrações sísmicas – movimentos vibratórios das partículas das rochas – causadas pela mineração, construção de rodovias, ferrovias, obras de engenharia, entre outros fatores, possam causar danos irreversíveis às cavernas, como sua derrubada parcial e até total. (Clique aqui para ter acesso aos documentos). 

Segundo os gestores do Cecav, o documento é uma contribuição técnica a ser utilizada em análises de estudos ambientais de regiões onde haja cavernas concomitantemente ao interesse de empreendedores. Nele, são estabelecidas diretrizes e orientações necessárias para controlar vibrações decorrentes das construções de empreendimentos.

Esse conjunto de material, ainda segundo o Cecav, poderá contribuir para a elaboração de termos de referência em processos de licenciamento ambiental. A expectativa é que com a utilização dessas diretrizes, os órgãos licenciadores passem a ter maior domínio técnico sobre o tema e maior segurança no momento da avaliação e, quando necessário, sugiram meios alternativos e adequados para conservação desses patrimônios naturais.

A preservação e conservação das cavernas, sítios espeleológicos e suas respectivas áreas de influência visa à manutenção dos sistemas ecológicos, sensíveis e diferenciados. Nas cavernas podem ser desenvolvidos estudos científicos minuciosos e sistemáticos em diversos campos do conhecimento.

Entre os importantes papéis que as cavernas desempenham no meio ambiente, está o de atuar no armazenamento estratégico de água, com a carga e recarga de aquíferos. Além disso, ressaltam os gestores do Cecav, os ambientes cavernícolas registram informações relativas aos processos geológicos, possibilitando pesquisar a origem, a formação e as sucessivas transformações da litologia (estudo especializado em rochas e suas camadas) local e do paleoclima (clima de determinado período pré-histórico). As cavernas são também opções para atividades turísticas e esportivas.

Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280

III Seminário Regional: Soluções para o Saneamento Rural

Estão abertas as inscrições para o III Seminário Regional, que acontece em 26 de outubro no Auditório do Parque Tecnológico de São José dos Campos (Rodovia Presidente Dutra, km 137,8, Eugênio de Melo). O evento será realizado das 14h às 18h e as inscrições são gratuitas.

O seminário é uma realização do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp (ICT/Unesp) em parceria com a Prefeitura de São José dos Campos, o Parque Tecnológico e a Comissão Socioambiental da Diocese de São José dos Campos. O objetivo do evento é discutir as condições de saneamento rural no Vale do Paraíba e apresentar as tecnologias aplicáveis ao tratamento dos resíduos e efluentes gerados nas atividades.

Participe e se inscreva aqui: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/inscricao.asp

"BIG DATA- A BLESSING OR MERELY INFORMATION OBESITY" - Cases de Sustentabilidade em cidades inteligentes.

A 6ª Edição do GOOD IDEAS CO-NNECT traz o tema "BIG DATA- A BLESSING OR MERELY INFORMATION OBESITY" - Cases de Sustentabilidade em cidades inteligentes.

Teremos a presença internacional do William “Billy” Hall.

Billy é fundador e presidente do conselho de administração da NewFields, empresa americana de consultoria ambiental com atuação no Brasil desde o ano 2000, focada em resolução de grandes conflitos ambientais. Possui mais de 40 anos de experiências e é considerado uma referência na área ambiental. Billy é um especialista em análise de dados e sistemas ambientais, análise de decisão, planejamento estratégico e projetos de remediação de áreas contaminadas.

​Mediador: Wilson Cabral, Coordenador do departamento de Recursos Hídricos do ITA , participante do Conselho de Meio Ambiente.
Rodape

Florestas nativas crescem mais de 80% no Vale do Paraíba paulista


Mapeamentos feitos a partir de imagens de satélite revelaram que entre 1985 e 2015 as áreas de floresta passaram de 250 mil para 455 mil hectares, o que representa um acréscimo de 83% em floresta nativa na porção paulista do Vale do Paraíba, região localizada ao longo do curso do Rio Paraíba do Sul, leste do Estado de São Paulo e sul do Rio de Janeiro, cortada pelo eixo viário que conecta os dois maiores centros urbanos do País.

 O estudo foi conduzido pela Embrapa Monitoramento por Satélite (SP) e mostrou que a alteração ocorreu principalmente em porções antes ocupadas por pastagens. Atualmente, a cobertura florestal nativa representa 33% da bacia do Rio Paraíba do Sul, no seu trecho paulista, ante 18% registrado em 1985.

O aumento das áreas de florestas na região não ocorre por meio do plantio de novas árvores, mas pela regeneração da vegetação em áreas onde a agricultura e a pecuária não são competitivas, principalmente sobre terrenos declivosos. Segundo o pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite Carlos Cesar Ronquim, os fatores que contribuem para esse crescimento são diversos e estão interligados. "A característica do relevo da região é um ponto importante. O Vale do Paraíba está situado entre duas formações montanhosas, a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar. Mais de 50% de sua área total, calculada em quase 1,4 milhão de hectares, é dominada por terrenos com grau de declividade acima de 20%, um relevo acidentado que dificulta a ocupação por culturas agrícolas e o uso de mecanização e irrigação", afirma.

A região mostra-se adaptada preferencialmente para o cultivo de pastagens extensivas, responsáveis pela produção de carne e de leite. Mas até mesmo a pecuária enfrenta problemas com a rentabilidade da produção e tem dificuldades para manter a atividade e competir com outras regiões mais aptas. "O menor investimento dos proprietários contribui para a diminuição do manejo em áreas menos adequadas ao pastoreio pelos animais, como os topos de morros e as encostas mais íngremes. As leis ambientais em vigor também impõem restrições que dificultam o corte ou a queima da ‘capoeira' que se forma nessas porções sem manejo. O abandono dessas áreas acaba favorecendo a volta da vegetação nativa", explica o pesquisador.

Sequestro de Carbono

Em 30 anos, a recuperação de 205 mil hectares de florestas nativas do bioma Mata Atlântica, registrada na região do Vale do Paraíba paulista, representou um sequestro de 35,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono – isso sem contar os valores acumulados nas raízes, no solo e na serapilheira, camada de matéria orgânica que fica na superfície do solo. A quantidade de carbono sequestrado por hectare foi obtido a partir da revisão de estudos sobre florestas nativas primárias e secundárias do Sudeste brasileiro.
Ronquim explica ainda que a vegetação desta região da bacia do Rio Paraíba do Sul está contribuindo positivamente para a diminuição da concentração de CO2 na atmosfera, e, consequentemente, os impactos negativos do efeito estufa. "Se considerarmos toda a área de floresta nativa do Vale do Paraíba paulista, calcula-se um sequestro 129,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono", afirma o pesquisador. Somada às áreas com plantios de eucalipto, que contribuem com 16,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono, a quantidade sequestrada pelo componente florestal da região alcança 145,6 milhões de toneladas.

Estes e outros resultados foram apresentados em setembro no simpósio internacional SPIE 2016 Remote Sensing and Security + Defence, realizado em Edimburgo, na Escócia, e estarão descritos no artigo científico que será publicado ainda neste mês.
De acordo com dados do Observatório do Clima, o Brasil lançou na atmosfera, em 2014, cerca de 1,6 bilhão de toneladas de dióxido de carbono. A mudança de uso da terra, relacionada principalmente a desmatamentos na Amazônia e no Cerrado, é o maior responsável pelas emissões, contribuindo com 472,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Para o pesquisador Carlos Cesar Ronquim, o Vale do Paraíba paulista apresenta um fenômeno inverso ao que ocorre no Brasil. "A região está contribuindo para o aumento no sequestro do carbono da atmosfera justamente por meio da mudança de uso da terra – só que ao invés da perda de florestas para as pastagens, consequência de desmatamentos, está ocorrendo o crescimento de florestas nativas sobre áreas antes ocupadas por pastos", explica.

Ele ressalta que o pagamento por serviços ambientais e outras vantagens econômicas, como o mecanismo de Redução de Emissões pelo Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), podem ser alternativas promissoras de compensação para o produtor rural que preserva suas florestas e protege a biodiversidade em sua propriedade. Além de contribuir para o sequestro do carbono, a recuperação florestal traz ainda outros benefícios, como a regulação da temperatura e da umidade do ar, o aumento da infiltração da água no solo e o suprimento dos lençóis freáticos, a redução da erosão e a formação de barreiras naturais contra pragas e doenças da agricultura.

Floresta, pasto e eucalipto

Os dados levantados pela Embrapa Monitoramento por Satélite são resultados do projeto de pesquisa GeoVale. O objetivo do estudo foi mapear as principais mudanças no uso e cobertura das terras da região ocorridas entre 1985 e 2015, com foco nas áreas de floresta nativa, pastagens e reflorestamentos de eucalipto. As pastagens, voltadas para a produção de carne e leite, ainda representam a maior cobertura, com 651 mil hectares. Porém, nos últimos 30 anos essa área regrediu 32% e quase metade do pasto que ainda existe na região, cerca de 40%, apresenta distintos estágios de regeneração da vegetação nativa – o chamado "pasto sujo", que não é mais manejado e ao longo dos anos poderá formar novas florestas.

Nesses 30 anos, as pastagens cederam espaço também para os reflorestamentos de eucalipto, que atualmente ocupam 114 mil hectares e representam 8,1% da área do Vale do Paraíba paulista. A silvicultura, com base na eucaliptocultura, foi o setor da economia agroindustrial que mais se desenvolveu econômica e tecnologicamente. Ronquim explica que dentro do plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), do governo federal, as florestas plantadas representam uma das estratégias que permitem conciliar a produção de madeira e bioenergia com a redução da emissão dos gases de efeito estufa.
A pecuária permanece como a principal geradora de renda agrícola na região. Apesar da redução das áreas de pastagem, a produção de carne e de leite aumentou entre 1985 e 2015 – a produção de carne passou de 731 mil para 2,9 milhões de arrobas e a produção leiteira saltou de 187 mil para 206 mil litros, mesmo com um rebanho menor. Índice que mede o desempenho econômico das principais atividades agrícolas, o Valor da Produção Agropecuária (VPA) da carne vem crescendo desde a década de 1990 e atualmente é a atividade que mais contribui para a renda na região. A produção de leite, por outro lado, vem diminuindo sua participação no VPA e atualmente compete com a eucaliptocultura pelo posto de segundo maior contribuinte para a geração da renda agrícola no Vale do Paraíba paulista.

Arroz

O arroz ainda é a principal cultura agrícola da bacia, que detém perto de 85% da produção do Estado de São Paulo. Entretanto, de acordo com os dados levantados pela Embrapa, as áreas cultivadas também vêm diminuindo. Em 1985, a atividade ocupava uma área de 23,4 mil hectares. Já em 2015 a produção ocorreu em apenas 11,8 mil hectares. O baixo preço de mercado e a diminuição na oferta de mão de obra estão entre as principais dificuldades enfrentadas pelo produtor, mas a escassez de água também aparece como fator limitante.
"O cultivo de arroz no Vale do Paraíba ocorre por meio de inundação, principalmente na várzea do Rio Paraíba do Sul, e a água vem direto da Serra da Mantiqueira. O baixo volume que os produtores conseguem captar, devido às frequentes secas e à restrição imposta pelos órgãos reguladores estatais, está sendo insuficiente para produzir adequadamente e manter a qualidade do cereal", explica Ronquim. Na competição por área, ele cita ainda a expansão da urbanização e a atividade de extração de areia. "A área ocupada para extração de areia, na região, já é superior a 2,3 mil hectares".