Com objetivo de avaliar e hierarquizar critérios e
diretrizes do Programa PSA Água Vale do Paraíba, técnicos e gestores públicos
de 17 instituições reuniram-se ontem em Taubaté-SP, sob coordenação do Instituto
Oikos de Agroecologia. Temáticas como conservação dos solos, recuperação e
conservação de florestas, manejo de pastagens e valoração ambiental de serviços
ambientais foram discutidas ao longo de todo o dia.
A construção do programa está
focada nos mananciais de abastecimento público superficiais na bacia do rio
Paraíba do Sul, trecho paulista, excluídas aquelas captações feitas diretamente
no rio Paraíba. Vinte e cinco municípios do Vale captam água para abastecimento
público em rios afluentes do Paraíba do Sul ou em reservatórios que integram
esse sistema. Os municípios são: Lagoinha, Paraibuna, São Luís do Paraitinga,
Natividade da Serra, Redenção da Serra, Jacareí, Santa Isabel, Igaratá, São
José dos Campos, Monteiro Lobato, Tremembé, Taubaté, Guaratinguetá, Piquete,
Lorena, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, Silveiras, Cachoeira Paulista, Arapeí,
Areias, São José do Barreiro, Bananal e Cunha.
Em meio a maior crise hídrica dos
últimos 84 anos, medidas de conservação e proteção dos mananciais afluentes do
rio Paraíba do Sul são fundamentais para a garantia futura do abastecimento
público. O projeto irá realizar uma hierarquização dessas bacias, utilizando-se
de modelagens matemáticas e softwares de geoprocessamento com dados físicos,
ambientais, sociais e institucionais. Um dos resultados será uma listagem, em
ordem de prioridade, das bacias onde se localizam os mananciais, para a
realização de ações de conservação e recuperação dos recursos hídricos.
A previsão é que o Programa esteja
concluído no final de dezembro deste ano, quando então será encaminhado ao
Comitê das Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul, a quem caberá a decisão de
adotar as recomendações em suas diretrizes e planejamentos.