quinta-feira, 26 de julho de 2018

Cientistas descobrem indícios de que Amazônia tinha agricultura há 4,5 mil anos


Agricultura de vários vegetais diferentes. Fogo. Desmatamento controlado. Uso de fertilizantes. Em pesquisa conduzida pela Universidade de Exeter, do Reino Unido, arqueólogos, ecologistas, botânicos e paleoecologistas descobriram que a Floresta Amazônica, ao contrário do que se supunha, não era um santuário verde intocado pelas mãos humanas há 4,5 mil anos.

   Desde essa época, no mínimo, houve interferência do homem na natureza da região. E, conforme o estudo mostra, efeitos dessa interação estão presentes ainda hoje.

  "Os agricultores ancestrais da Amazônia souberam como enriquecer o solo com nutrientes, criando a chamada Amazon Dark Earth (ADE)", comenta a paleoecologista e arqueóloga Yoshi Maezumi, da Universidade de Exeter. "Em vez de expandir a terra desmatada, para aumentar a agricultura, eles melhoraram o solo, em uma forma mais sustentável de produção."

Sim, havia sustentabilidade na mentalidade dos primeiros agricultores da Amazônia.

  Essa ADE é conhecida popularmente como terra-preta ou terra-preta-de-índio. Trata-se de um tipo de solo muito escuro, como o nome indica, e extremamente fértil. É encontrado principalmente na Amazônia.

  Ao longo das últimas décadas, uma série de estudos buscou explicar a origem dessa terra. Hipóteses foram aventadas: seria um solo resultante de cinzas vulcânicas oriundas dos Andes e depositadas na Amazônia. Ou resultado de sedimentação em lagos formados em antigos períodos geológicos.

  Mais recentemente, muitos cientistas vinham sugerindo uma origem antrópica - ou seja, resultante da ação humana. Análises profundas desse solo permitem identificar uma combinação de matéria orgânica vegetal e animal, vegetais carbonizados e resquícios de cerâmica.

  A pesquisa, publicada nesta segunda-feira no periódico científico Nature Plants, concluiu que essa ação humana ancestral, portanto, teve impacto duradouro - já que o solo é presente até hoje na região.


  "O trabalho dos primeiros agricultores amazônicos deixou um legado duradouro", comenta o arqueólogo e botânico José Iriarte, também da Universidade de Exeter. "A forma como comunidades indígenas administraram a terra há milhares de anos ainda molda ecossistemas florestais modernos."

Variedade dos cultivos na Amazônia
  A agricultura era de múltiplos vegetais. Com base nos indícios encontrados em carvão, pólen e plantas em sítios arqueológicos e sedimentos de um lago, a equipe de cientistas concluiu que os seres humanos que ocupavam a região plantavam milho, batata-doce, abóbora e mandioca, pelo menos.

  Para melhorar a produtividade do solo, esses agricultores ancestrais tinham suas técnicas de adubação: realizavam queimadas organizadas e adicionavam à terra esterco animal e restos de comida. Eis a provável origem da terra-preta, portanto.

  De acordo com os pesquisadores de Exeter, foi esse desenvolvimento do solo que propiciou que, na época, a agricultura amazônica não se circunscrevesse às várzeas dos rios, naturalmente mais férteis, e pudesse adentrar para regiões onde o solo, originalmente, era mais pobre.

  "Essas comunidades provavelmente removeram algumas árvores e ervas daninhas a fim de terem espaço para seus cultivos. Mas mantiveram uma floresta primária fechada, que se transformou ao ser enriquecida com plantas comestíveis", explica Maezumi. "Ou seja: era uma maneira muito diferente da atual exploração da Amazônia." A pesquisadora se refere aos desmatamentos contemporâneos, em que grandes extensões de terra amazônica dão lugar a plantações de grãos e criação de gado.

  "Os conservacionistas modernos podem tirar lições de como os indígenas usavam a terra amazônica. E esse manejo pode ajudar a proteger as florestas modernas", diz ela. "É importante lembrar como o desmatamento moderno e as plantações agrícolas se expandem pela Bacia Amazônica", complementa Iriarte.

Fonte: BBC

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Convênio entre APA e PMSJC e Termo de Cooperação Técnica entre APA e UNIVAP é Oficialmente firmado



  Oficialmente divulgado na ultima quinta-feira (12), no Diário Oficial da União do Estado de São Paulo, as parcerias entre Fundação Florestal e FVE, Fundação Valeparaibana de Ensino, mantenedora da Universidade do Vale do Paraíba, e convenio entre a Fundação Florestal e Prefeitura Municipal de São José dos Campos.
  Ambas as parcerias trazem prósperos anos para a APA SÃO FRANCISCO XAVIER!


Mais informações, procure a Gestão da APA.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Cartilha sobre o Código Florestal, vigente desde 2012!






Para aos que se interessam, segue a divulgação de uma cartilha ilustrativa sobre o "Código Florestal Brasileiro", de uma forma simples e organizada com desenhos e de fácil entendimento, está os principais pontos da lei que ordena os territórios rurais no Brasil.

Acesse o conteúdo: Cartilha Código Florestal Brasileiro

Fonte: http://www.amef.org.br/index.html

quinta-feira, 5 de julho de 2018

FAPESP recebe propostas de pesquisa para o PROJETO CONEXÃO MATA ATLÂNTICA

    Chamada de Propostas FAPESP e Global Environmental Facility (GEF)

 “Projeto de Recuperação e proteção dos serviços ecossistêmicos relacionados ao clima e à biodiversidade no corredor sudeste da Mata Atlântica do Brasil”
Sumário
Data limite para submissão:
16/08/2018
Modalidade de fomento:
Auxílio à Pesquisa – Políticas Públicas
Duração máxima dos projetos:
24 meses
Elegibilidade:
Segundo as normas da modalidade Auxílio à Pesquisa – Políticas Públicas (Item 3.1)
Submissão:
Via SAGe
Prazo para divulgação dos resultados:
Dezembro de 2018
Contato: Bruna Musa – chamada-gef@fapesp.br


Para mais informações acesse:  FAPESP
                                                    Portal de Informações Conexão Mata Atlântica