quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Quanto vale o verde?





                       A importância econômica das unidades de conservação brasileiras

Em 2011 o estudo “Contribuição da Unidades de Conservação para a Economia Nacional” (Medeiros e Young, 2011) realizou pela primeira vez uma série de análises e projeções sobre a relação entre os ativos e serviços protegidos pelas Unidades de Conservação (UCs) e a economia nacional. A tese era de que apesar de não estarem formalmente incorporadas nas contas nacionais e subnacionais que medem riqueza e atividade econômica, as UCs representam elemento importante na geração de riqueza pois sustentam e abrem oportunidades de novos negócios sustentáveis com significativo impacto econômico como qualquer outro setor produtivo tradicional. O estudo procurou demonstrar objetivamente as vantagens e as oportunidades decorrentes da existência das UCs no Brasil. Foi verificado que os ganhos econômicos diretos e indiretos decorrentes da manutenção das unidades de conservação no país superam, com larga vantagem, os gastos e investimentos requeridos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O impacto dos resultados do estudo permitiu estabelecer um novo patamar de discussão sobre o papel das UCs na economia nacional, sobretudo em contraposição à percepção ainda existente em parte da sociedade que interpreta as áreas dedicadas à conservação como um entrave ao desenvolvimento econômico e social porque seriam incompatíveis com outras atividades produtivas, como mineração, agropecuária e geração de energia. A premissa por trás desse raciocínio é a de que os investimentos realizados com a conservação do meio ambiente não trazem benefícios tangíveis para a sociedade. O estudo realizado demonstrou o contrário, comprovando que são inúmeros e volumosos os retornos que as UCs trazem para a sociedade.


Fonte: Carlos Eduardo Frickmann
            Young Rodrigo Medeiros
               Organizadores

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              Quanto Vale o Verde